Energia solar segue avançando no Brasil e já representa 8,1% da matriz energética
Dados recentes da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) apontam que, desde fevereiro deste ano, a capacidade instalada de energia solar cresce 1 GW por mês no Brasil. De acordo com as informações divulgadas pela entidade, a fonte ultrapassou a marca de 17 GW, o equivalente a 8,4% da matriz elétrica do País, ficando atrás somente das fontes hidrelétrica (53,9%) e eólica (10,8%).
Entre os estados da federação, Minas Gerais segue na liderança, seguido por São Paulo e Rio Grande do Sul. O setor movimentou cerca de R$ 87 bilhões em investimentos desde 2012 e já gerou mais de R$ 492 mil novos empregos associados à área.
Segundo a avaliação de um representante do setor, o Brasil tem grande potencial para aplicação de energias renováveis. “Nossos potenciais hídrico, eólico e fotovoltaico (solar) são enormes. A potência instalada desses recursos é muito maior do que os recursos não renováveis como termoelétricas e nucleares. É preciso entender que quanto mais energia limpa e renovável sendo gerada, melhor para todos”, complementa.
Segundo os dados da Absolar, a maior parte da geração solar está espalhada pelos telhados das casas e pequenas empresas, no modelo de geração distribuída. Outro player do setor acredita que as modalidades de construção com inovações tecnológicas e soluções sustentáveis tendem a crescer nos próximos anos. “Estamos vivendo uma mudança comportamental em que o movimento da sustentabilidade na construção civil vem ganhando espaço. Os investimentos das construtoras e indústrias do setor para esta demanda tendem a aumentar e, por outro lado, temos o consumidor que busca por soluções sustentáveis e inovações em eficiência energética com preços competitivos”, afirmou.
Nova regulamentação para o próximo ano
Em 2023 entrará em vigor a Lei Federal 14.300, que trata do marco legal da geração de energia distribuída de fontes renováveis, que inclui a energia solar fotovoltaica. A aprovação da Lei deve gerar impacto na cobrança do uso do sistema de distribuição (tarifa TUSD), chamado também de uso do fio, e pelo sistema elétrico. “Quem pensa em investir em geração própria, seja fotovoltaica ou qualquer outra fonte renovável, recomendo que o faça agora. Dessa forma, garante-se, para os próximos 30 anos, o enquadramento na legislação vigente seguindo as resoluções REN48E e REN687. Elas preveem o abatimento da energia elétrica gerada, que será de 1 para 1 sobre a energia consumida da rede elétrica”, comentou a executiva.